Sombras na areia

Fotografias fascinantes que vão fazer pensar e letras de músicas eternas na nossa memória.

Nome:
Localização: Coimbra, Portugal

28 junho, 2006

Sombra


Foto de Claudia F.

Pedro Abrunhosa >> Sombra


Eu e tu como loucos
Feitos donos da estrada,
Procurando o destino
Entre o tudo e o nada.
Sem saber ler o céu
Ou o mapa rasgado,
Engolimos sinais
Em sinal de pecado.
Vozes velozes
Levando a melhor,
São loucos que vivem
Na paz do motor.
Há canções pela rádio
Que te fazem voar,
Piruetas perfeitas
Enganando o radar!

Sei de um lugar para ti
Onde há lugar para mim,
E razões para me esconder.
Sou dono do deserto
E de todo o bar aberto
Onde insisto em me perder.

Dim, dim, dim,
Dom, dom, dom, X 2
É o som da tua sombra
Presa dentro de mim.

Eu e tu como loucos
Vagueando no pó,
Descobrindo nos outros
Quem mais está só.
Sentados na lua,
Onde o vento vagueia,
Cinquenta infelizes
Pedindo boleia.
Encostados na berma
Entre o céu e o chão,
Abraçados à terra,
Perdendo a razão.
Correndo o asfalto
Como rios no monte,
Somos feras sem dono,
Somos o horizonte!

Sei de um lugar para ti
Onde há lugar para mim,
E razões para me esconder.
Sou dono do deserto
E de todo o bar aberto
Onde insisto em me perder.

Refrão

Tens a paranóia do silêncio.
Tenho um medo que é imenso
De acordar e não te ver.
Presa por quereres a liberdade,
E essa história da saudade
Com que insistes em te defender.
Anda, insulta-me agora!
Está na hora de sentires a minha pele.
Sou como um lobo, o fogo que goza,
Raposa que cruza
O teu sonho mais fiel.

Sei de um lugar para ti
Onde há lugar para mim
E razões para me esconder.
Sou dono do deserto
E de todo o bar aberto
Onde insisto em me perder.

26 junho, 2006

Tudo sobre o nosso amor


Foto de Cláudia Barbosa

Sade >> All About Our Love

Its all about our love
So shall it be forever
never ending

After all this time
After all is said and done

We have seen some
suffering baby
It has not always been perfect

After all this time
After all is said and done

Darling we know it
Whatever may come
We can get through it
As if its just begun
Oh its just begun

Its all about our love
So shall it be forever
never ending
Darling we know it

After all this time
After all said and done

After all this time
After all said and done

25 junho, 2006

A Tempestade



Madredeus >> A Tempestade

A grande nuvem escura vai-se embora
dissolve-se a loucura da tormenta
a maré recua agora plana e lenta
as gaivotas largam terra sem demora

sobrevoam sem ruído o seu rochedo
de tanta vaga e espuma já dormente
enquanto o sol que brilha novamente
lá beija a areia toda já sem medo

Fui ver
Fui ver
a tempestade
vim a correr

Fui ver
Fui ver
a tempestade
vim-te dizer

Destroços de madeira na corrente
deixam ver o que em tempos foi uma proa
pintada de carinho e muitas côres
ao estilo desta nossa boa gente

Fica o drama dos que esperam na falésia
por quem Deus já destinou à eternidade
e é lição que contra Deus não há vontade
fica a fúria calma da grande saudade

24 junho, 2006

A Montanha Mágica



Renato Russo >> A Montanha Mágica


Sou meu próprio líder: ando em círculos
Me equilibro entre dias e noites
Minha vida toda espera algo de mim
Meio sorriso, meia-lua, toda tarde.

Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal.

Ficou logo o que tinha ido embora.
Estou só um pouco cansado
Não sei se isto termina logo
Meu joelho dói
E não há nada a fazer agora.

Para que servem os anjos?
A felicidade mora aqui comigo
Até segunda ordem

Um outro agora vive minha vida
Sei o que ele sonha, pensa e sente
Não é coincidência a minha indiferença
Sou uma cópia do que faço
O que temos é o que nos resta
E estamos querendo demais

Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal.

Existe um descontrole, que corrompe e cresce
Pode até ser, mas estou pronto prá mais uma
O que é que desvirtua e ensina?
O que fizemos de nossas próprias vidas?

O mecanismo da amizade,
A matemática dos amantes
Agora só artesanato
O resto são escombros.

Mas é claro que não vamos lhe fazer mal
Nem é por isso que estamos aqui
Cada criança com seu próprio canivete
Cada líder com seu próprio 38

Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
Chega - vou mudar a minha vida
Deixa o copo encher até a borda
Que eu quero um dia de sol num copo d'água

23 junho, 2006

O Mar


Foto de Carlos Teixeira

Dorival Caymmi >> O Mar


O mar
Quando quebra na praia
É bonito, é bonito
O mar
Quanta gente perdeu seus maridos, seus filhos
Nas ondas do mar
O mar
Pedro vivia da pesca
Saía no barco seis horas da tarde
Só vinha na hora do sol raiar
Todos gostavam de Pedro
E mais do que todos, Rosinha de Chica
A mais bonitinha e mais benfeitinha
De todas as mocinhas lá do Arraiá
Pedro saiu no seu barco seis horas da tarde
Passou toda a noite e não veio na hora do sol raiar
Deram com o corpo de Pedro jogado na praia
Roído de peixe, sem barco, sem nada
Num canto bem longe lá do Arraiá
Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita e agora parece que endoideceu
Vive na beira da praia olhando pra ondas
Andando, rondando, dizendo baixinho:
"Morreu, morreu"
Morreu, oh,
O mar
Quando quebra na praia
É bonito, é bonito

22 junho, 2006

Fado Tropical



Chico Buarque >> Fado Tropical


Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose
de lirismo...(além da
sífilis, é claro)*
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em
torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

Com avencas na caatinga
Alecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do Alentejo
De quem numa bravata
Arrebato um beijo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto

Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas o meu peito se desabotoa

E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa..."

Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio Amazonas
Que corre Trás-os-Montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial

21 junho, 2006

O Mundo É um Moinho


Foto de António Manuel Pinto da Silva

Cartola >> O Mundo É um Moinho


Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

20 junho, 2006

Meu Vício É Você


Foto de António Manuel Pinto da Silva

Neve >> Meu Vício É Você


Meu cigarro
É o perfume do mato
A bebida é a água da fonte
Meu perfume
É a flor da laranja
Jogo apenas o jogo do amor
Eu Não vou lhe dizer
Que não tenho defeitos
Mas com eles me arrumo
Me acerto, me ajeito
Meu problema é o segredo
Guardado no peito
Que se chama paixão

Meu vicio é você
Meu cigarro é você
Eu te bebo, eu te fumo
Meu erro maior
Eua aceito, eu assumo
Por mais que eu não queira
Eu só quero você
Meu vicio é você
Deu dadinho, meu jogo de cartas marcadas
Essa droga de sonho não vai dar em nada
Fui rolando na vida
E parei em você

18 junho, 2006

Namorados Da Cidade


Foto de Angélica Valente

Carlos do Carmo >> Namorados Da Cidade


Namorados de Lisboa,
à beira Tejo assentados,
a dormir na Madragoa.
Namorados de Lisboa,
num mirante deslumbrados,
à beira verde acordados.
Namorados de Lisboa,
ao Domingo uma cerveja,
uma pevide salgada,
uma boca que se beija
e que nos sabe a cereja,
a miséria adocicada,
à beira parque plantada.
Namorados de Lisboa,
sempre, sempre apaixonados,
mesmo que a tristeza doa,
namorados de Lisboa.
Namorados de Lisboa,
na cadeira dum cinema,
onde as mãos andam à toa,
à procura de um poema,
namorados de Lisboa,
que o mistério não desvenda
até que o escuro se acenda.
Namorados de Lisboa,
a apretar num vão de escada
o prazer que nos magoa
e depois não sabe a nada.
Namorados de Lisboa,
a morar num vão de escada.
Namorados de Lisboa,
sempre, sempre apaixonados,
mesmo que a tristeza doa,
namorados de Lisboa.

17 junho, 2006

Queremos Saber



Cassia Eller >> Queremos Saber


Queremos saber,
O que vão fazer
Com as novas invenções
Queremos notícia mais séria
Sobre a descoberta da antimatéria
e suas implicações
Na emancipação do homem
Das grandes populações
Homens pobres das cidades
Das estepes dos sertões
Queremos saber,
Quando vamos ter
Raio laser mais barato
Queremos, de fato, um relato
Retrato mais sério do mistério da luz
Luz do disco voador
Pra iluminação do homem
Tão carente, sofredor
Tão perdido na distância
Na morada do senhor
Queremos saber,
Queremos viver
Confiantes no futuro
Por isso se faz necessário prever
Qual o itinerário da ilusão
A ilusão do poder
Pois se foi permitido ao homem
Tantas coisas conhecer
É melhor que todos saibam
O que pode acontecer
Queremos saber, queremos saber
Queremos saber, todos queremos saber

16 junho, 2006

Casamento


Foto de Alberto M.

Tracy Chapman >> Wedding Song


I've been having dreams and visions
in them you are always standing
right beside me
I reach out for your hand
to see your arms extending
outstretched towards me

For you I don the veil
By your light
others pale by comparison
I place my faith in love
My fate in this communion

I've been having dreams and visions
in them you are always standing
right beside me
I reach out for your hand
to see your arms extending
outstretched towards me

To you I give my pledge
to honor all that's good
in this life we're living
to think not only of myself
but of the greater union

Can I get a witness
there is salvation and rapture for the lonely
can I get a witness
bless this day sacred and holy
sacred and holy

I've been having dreams and visions
in them you are always standing
right beside me
I reach out for your hand
to see your arms extending
outstreched towards me

With you I am revealed
all my shame all my faults and my virtues
behold body mind and spirit
heart and soul devoted all to you

Can I get a witness
there is salvation and rapture for the lonely
can I get a witness
bless this day sacred and holy
sacred and holy

15 junho, 2006

No Vai e Vem das Ondas



Chimarruts >> No Vai e Vem das Ondas


Eu gosto tanto de ver o mar
O vai e vem das ondas me deixam em paz
E a beleza das águas do mar
E o lindo céu azul me fazem lembrar
Da bela luz da lua iluminando o teu olhar
Com você, olhando as estrelas
É energia positiva direto na veia

No mar eu sei
O que é viver
E o que é sonhar
Só com você

Subo no como de areia só pra ver
Minha sereia se banhar com a lua cheia
É muito bom se integrar à natureza
E sentir toda beleza que ela tem à nos mostrar
É energia que nos traz a harmonia e que
Nos leva alegria para podermos cantar
Quando me pego pensando no mar
Meu corpo se arrepia e eu não posso evitar
Sua beleza faz o sol brilhar
Então o tempo passa e eu fico à lembrar
Da bela luz da lua refletindo sobre o mar
Eu, você deitados na areia
É energia positiva direto na veia

14 junho, 2006

Árvore


Belle And Sebastian >> Family Tree


I've been feeling down
I've been looking round the town
For somebody just like me
But the only ones I see
Are the dummies in the window
They spend their money on clothes
It saddens me to think
That the only ones I see are mannequins
Looking stupid, being used and being thin
And I don't know why I hang around with them

The way they act, I'd rather be fat than be confused
The way they act, I'd rather be fat than be confused
Than be me in a cage
With a bottle of rage
And a family like the mafia

I've been feeling blue
And I don't know what to do
And I never get a thrill
And they threw me out of school
'Cause I swore at all the teachers
Because they never teach us
A thing I want to know
We do Chemistry, Biology and Maths
I want Poetry and Music and some laughs
And I don't think it's an awful lot to ask

So won't you please get up off your knees, and let me go
So won't you please get up off your knees, and let me go
Cause I'm here in a cage
With a bottle of rage
And a family like the mafia

If my family tree goes back to the Romans
Then I will change my name to Jones
If my family tree goes back to Napolean
Then I will change my name to Smith
If my family tree goes back to the Romans
Then I will change my name to Jones
If you're looking at me to be an accountant
Then you will look but you will never see
If you're looking at me to start having babies
Then you can wish because I'm not here to fool around
You can wish because I'm not here to fool around
You can wish because I'm not here to fool around

13 junho, 2006

Iris



Iris >> Goo Goo Dolls


And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You are the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
'Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

(break and solo)

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am

11 junho, 2006

A Ponte



Lenine >> A Ponte


Como é que faz pra lavar a roupa?
Vai na fonte, vai na fonte
Como é que faz pra raiar o dia?
No horizonte, no horizonte
Esse lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?
Pela ponte, pela ponte

A ponte não é de concreto
Não é de ferro, não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento

A ponte não é para ir nem voltar
A ponte é somente atravessar
Caminhar nas águas desse momento

A ponte nem tem que sair do lugar
Aponte pra onde quiser
A ponte é o abraço do braço do mar com a mão da maré

A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento

Nagô... Nagô... Na Golden Gate

Entreguei-te
Meu peito jorrando meu leite
Atrás do retrato-postal
Fiz um bilhete
No primeiro avião mandei-te
Coração dilacerado
De lá pra cá sem pernoite
De passaporte rasgado
Sem ter nada que me ajeite
Coqueiros varam varandas no Empire State
Aceite
Minha canção hemisférica
Minha voz na voz da América
Cantei-te
Amei-te

10 junho, 2006

Paisagem da Janela




Beto Guedes >> Paisagem da Janela


Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo, pássaro
Vejo uma grade, um velho sinal

Mensageiro natural de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desse homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou

Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quis acreditar
Que eu apenas era

Cavaleiro marginal lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvores
Sem querer descanso nem dominical

Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conhecia as torres e os cemitérios
Conhecia os homens e os seus velórios
Quando olhava da janela lateral
Do quarto de dormir

07 junho, 2006

Educação é Liberdade



Da Weasel >> Educação é Liberdade


Tenta perceber a tua identidade
Procura no teu íntimo a verdade
Não és apenas mais uma pessoa
Que aparece neste mundo à toa
Tenta encontrar as tuas raízes
Senão pode ser que algum dia as pises
Só assim perceberás quem tu és
No sangue que te corre da cabeça aos pés
Talvez daí tires uma lição
Sobre o que se passa neste mundo cão
Muitas vezes é preciso saber ouvir
Ir em frente quando apetece desistir

É mais forte o homem que sabe criar um filho
Do que aquele que apenas prime um gatilho
É mais fácil matar que ler um livro, verdade?
Mas a bala é a prisão, educação é liberdade

Cada terra com seu uso
Cada roca com seu fuso
Nasci em Angola, tenho mãe cabo-verdiana
Sempre vivi em terra lusitana
3 culturas que não vou separar
Todas têm muito para me ensinar
Prefiro antes fazer uma fusão
Porque a força vem da união
Nunca segui o caminho da violência
Constitui um atentado à minha inteligência
Podes ser o gajo mais teso, mais duro
Mas não é assim que vais sair do escuro

É mais forte o homem que sabe criar um filho
Do que aquele que apenas prime um gatilho
É mais fácil matar que ler um livro, verdade?
Mas a bala é a prisão, educação é liberdade

Tantos putos em idade de estudar
Passam o dia na rua a roubar
Essa situação não pode continuar
Todos temos um futuro a assegurar
Ou também queres como um burro trabalhar
E ser mais um para o patrão explorar
Escuta bem esta voz amiga
Pensa no sofrimento que nos liga
Não sejas mais um irmão que estagnou
E que para o outro lado se passou
Ficou pela delinquência
Olha em frente, tem prudência
Sabemos que este mundo não é perfeito
Mas unidos podemos dar um jeito

É mais forte o homem que sabe criar um filho
Do que aquele que apenas prime um gatilho
É mais fácil matar que ler um livro, verdade?
Mas a bala é a prisão, educação é liberdade

Écoute, écoute, je parle de l'education
Un problème qui fait parti de notre génération
Ouai, essai de comprendre ton identité
Cherche la vérité et t'auras la liberté
Tu ne vois pas ton avenir, clairement
Tu sais que tu vas souffrir et il aura du sang
Qui coule de tes veines, personne n'aura de la peine
Mais ils vont demander pardon
Et repondre à mes questions
Sur la nation sur la tension
Pour qu'ils apprennent la leçon
Raciale, sociale, politique, économique
Car vers moi ils s'adressent sans aucune politesse
Ça me stresse il va faloir que cela cesse
Car tu n'es pas ici pour le plaisir de quelqu'un
Je me sais pas si t'as saisi mais il faut trouver
Ton chemin,
Maintenant tout le monde ne pense qu'à l'árgent
Ils se tuent tout le temps
Ils oublient l'important
Que la vie a une fin
La fin c'est la mort
Utilise ton instint
Tu seras le plus fort

06 junho, 2006

Nazaré



Nazaré >> Mafalda Veiga

Ainda hoje dormi na praia
Na acalmia da maré
E a lua inundou-me os olhos
E o mar despido afundou-me a fé

E hoje de que serve a jura
Se ele à praia não vai voltar
Esperei na noite mais escura
Até ver na água o azul clarear

Ai Nazaré
Deixa-me embalar o mar
Deixa-me embalar o mar

E o sal no brilho dos olhos
Sabe a tristeza sem fim
Que hoje o mar abraça e leva
O que Deus quis e arrancou de mim

Ai Nazaré
Deixa-me embalar o mar
Deixa-me embalar o mar

Ainda hoje acordei na praia
Nada ao longe se avistou
Só mais uma noite escura
Sob o azul e sob a lua
Esconde o que o mar me roubou

Ai Nazaré
Deixa-me embalar o mar
Deixa-me embalar o mar

Ai Nazaré
Deixa-me embalar o mar
Deixa-me embalar o mar

04 junho, 2006

A Rapariguinha Do Shopping



A Rapariguinha Do Shopping >> Rui Veloso

Composição: Carlos Tê / Rui Veloso

A rapariguinha do shopping
Bem vestida e petulante
Desce pela escada rolante
Com uma revista de bordados
Com um olhar rutilante
E os sovacos perfumados

Quando está ao balcão
É muito distante e reservada
Nos lábios um bom baton
Sempre muito bem penteada
Cheia de rimel e crayon
E nas unhas um bom verniz
Vai abanando a anca distraída
Ao ritmo disco dos bee gees

You should be dancin'
You should be dancin'
You should be dancin'
You should be dancin'

A rapariguinha do shopping
No banco do autocarro
Faz absorta a sua malha
Torce o nariz delicado
Do suor da populaça
E manifesta o seu enfado
Por não haver primeira classe

Já não conhece ninguém
Do lugar onde cresceu
Agora só anda com gente bem
E vai ao sábado à noite à boite
Espampanante e a mascar chiclete
No vigor da juventude
Como uma estrela decadente
Dos bastidores de hollywood

03 junho, 2006

Num Cemitério



In A Graveyard >> Rufus Wainwright


Wandering properties of death
arresting moons within our eyes and smiles we did rest
among the granite tombs to catch our breath

worldly sounds of endless warring
were for just a moment silent stars
worldly boundaries of dying
were for just a moment never ours

all was new
just as the black horizons blue

then along the bending path away
I smiled in knowing I'd be back one day

02 junho, 2006

O Caminho



O Caminho >> Bebel Gilberto


Não quero mais seguir
Um só caminho
Tanta mágua, tanta dôr
Dia após dia, sem parar

Prá que chorar
Com a mesma dôr, tanta dôr
Não quero mais pensar
No que vai ser

Somente com a dôr
Eu te entendo melhor
Sabendo o bom da dôr
Eu vou te guardar com muito amor

Capaz de um dia achar você
Sem nem mesmo esperar
E vou dizer não quero mais pensar
No que vai ser

Capaz de um dia achar você
Sem nem mesmo esperar
E vou dizer não quero mais pensar
No que vai ser

E vou dizer
Não quero mais pensar
No que vai ser

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