Sombra
Foto de Claudia F.
Pedro Abrunhosa >> Sombra
Eu e tu como loucos
Feitos donos da estrada,
Procurando o destino
Entre o tudo e o nada.
Sem saber ler o céu
Ou o mapa rasgado,
Engolimos sinais
Em sinal de pecado.
Vozes velozes
Levando a melhor,
São loucos que vivem
Na paz do motor.
Há canções pela rádio
Que te fazem voar,
Piruetas perfeitas
Enganando o radar!
Sei de um lugar para ti
Onde há lugar para mim,
E razões para me esconder.
Sou dono do deserto
E de todo o bar aberto
Onde insisto em me perder.
Dim, dim, dim,
Dom, dom, dom, X 2
É o som da tua sombra
Presa dentro de mim.
Eu e tu como loucos
Vagueando no pó,
Descobrindo nos outros
Quem mais está só.
Sentados na lua,
Onde o vento vagueia,
Cinquenta infelizes
Pedindo boleia.
Encostados na berma
Entre o céu e o chão,
Abraçados à terra,
Perdendo a razão.
Correndo o asfalto
Como rios no monte,
Somos feras sem dono,
Somos o horizonte!
Sei de um lugar para ti
Onde há lugar para mim,
E razões para me esconder.
Sou dono do deserto
E de todo o bar aberto
Onde insisto em me perder.
Refrão
Tens a paranóia do silêncio.
Tenho um medo que é imenso
De acordar e não te ver.
Presa por quereres a liberdade,
E essa história da saudade
Com que insistes em te defender.
Anda, insulta-me agora!
Está na hora de sentires a minha pele.
Sou como um lobo, o fogo que goza,
Raposa que cruza
O teu sonho mais fiel.
Sei de um lugar para ti
Onde há lugar para mim
E razões para me esconder.
Sou dono do deserto
E de todo o bar aberto
Onde insisto em me perder.
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