Sombras na areia

Fotografias fascinantes que vão fazer pensar e letras de músicas eternas na nossa memória.

Nome:
Localização: Coimbra, Portugal

31 agosto, 2006

A Janela


Foto de Hugo Lucas

Babado Novo >> A Janela


Janela que mostra o céu
Abelha que vem com o mel, traz meu amor
Se enrosca no meu boréu
Prateia com a luz do cé, traz meu amor

Joga essa rede pro alto
Se enrosca no meu abraço
Eu já não sei o que faço pra te ter
Não vou perder o juízo
Beijar na boca é preciso
Não venha ser meu amigo
Quero você

Me beija
Seu nome é o que não sei da minha cabeça
Me ame antes que eu enlouqueça
Vou morrer de amor, vou morrer de amor

30 agosto, 2006

Longe


Foto de Hugo Amador

Jorge Vercilo >> Longe

A solidão povoada de Copacabana
é Blade Runner
A poesia de uma lágrima na escuridão
é Dick Farney

Ontem lá
em algum lugar
imaginei nós dois
uma noite sem par
e o que vem depois.

Teu amor deixou no ar
um bem-me-quer sem fim
por mais longe que eu vá
sei que estás em mim.

Hum!
Só queria uma segunda vez
pra te amar.
Hum!
Mas aggora nada que eu disser
vai mudar
nada que eu disser agora vai mudar

Vazios são os domingos
e eu me escondo no meu mundo
procuro os meus amigos
e não te esqueço um só segundo
Às vezes desespero
e acordo com teu nome
Às vezes durmo perto ao telefone.

Hum!
Só queria uma segunda vez
pra te amar...

29 agosto, 2006

Céu e Mar


Foto de Hugo Amador

Circuladô de Fulô >> Céu e Mar


De onde vem o sol, não se vê o farol
Nesse céu e mar, sonho em viajar
Onde está vc quero te encontrar
Já é onde eu quero estar
se vc não vê
não há como entender
nesse céu e mar, quero navegar
mesmo sem querer não há como evitar
com vc eu quero estar
Vem ter meu luar
E o céu brilhar
Há mais histórias de amor
Do que o homem pode contar
Há mais estrelas no céu
Do que vida há no mar
Somos imensidão a cantar
Vem dizer que é pra sempre
E o que sempre quis
Foi viver o que é pra sempre
Foi tentar ser feliz
Nesse por de sol
Hei de ver o farol
Nesse céu e mar
Sonho em viajar
Seja para voar
Ou só para navegar
Aonde a paz vou encontrar!

Pássaro


Foto de Henrique Oliveira Pires

Pássaro >> Djavan


Vem me dar teu calor
Que eu te dou meu carinho
Como faz a flor com beija-flor
Ou o pão e o vinho
Minhas juras de amor
Teus cuidados comigo
Na paz dos teus braços
Pena de ave, campos de trigo
E chego a levitar
Quando estou te olhando
Pássaro voa e vai pela beira do rio
E deixo de pensar no que é desengano
E reparo só nos desafios
Com a graça de Deus menino
É que eu me guio
"Rogai por nós, vos peço paz!"
Nos una mais, nao nos deixe sós
E se não for pedir demais,
Quero vida normal e algum dinheiro
Deitar, dormir, poder sonhar
Que um dia eu vá conhecer o sul
Que chova aqui o que chove lá
Para o que se plantar ganhar o verde
Pra alimentar, pra garantir
O bem-estar de viver sem medo
E ter pra quando precisar
E não ter que ficar chupando o dedo
Da criação, dos pés de coco
A fruta-pão quero ver crescer
Realizar a ilusao
Para o meu coração se aquecer
Se eu deixar de ter você
É como não ter mais o que esperar
Ou sei lá o quê, deixar de ser
Flamengo, Mengo
Ah, se eu perder você
É quase não mais poder respirar
Ou pirar de vez e não ser mais
Flamengo, mengo, mengo

27 agosto, 2006

A Banda


Foto de Heloísa Galha

Chico Buarque >> A Banda


Estava a toa na vida, o meu amor me chamou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
A minha gente sofrida, despediu-se da dor
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor


O homem sério que contava dinheiro, parou
O faroleiro que contava vantagens, parou
A namorada que contava as estrelas,
Parou para ver, ouvir e dar passagem


A moça triste que vivia calada, sorriu
A rosa triste que vivia fechada, se abriu
A meninada toda se asanhou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor


O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Qu'inda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela


A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida, surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor


Mas para meu desencanto, o que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar, depois que a banda passou
E cada qual no seu canto, em cada canto uma dor

24 agosto, 2006

Dunas


Foto de Heloísa Galha

GNR >> Dunas


Dunas, são como divãs
Biombos indiscretos de alcatrão sujo
Rasgados por bocados de hortelã
Deitados nas Dunas, alheios a tudo
Olhos penetrantes
Pensamentos lavados

Refrão

Lambemos os lábios, refrescos, gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em camara lenta como na TV
Palavras a mais na idade dos "PORQUÊS"

Dunas como nunca são divãs
Quem nos visse deitados de cabelos molhados bastante enrolados
Sacos camas salgados
Nas Dunas, roendo maçãs
A ver garrafas de água, boiando vazias nas ondas da manhã

Refrão

Lúcifer Sam


Foto de Heloísa Galha

Pink Floyd >> Lucifer Sam ( tradução )

Composição: Syd Barrett

Lúcifer Sam, um gato siamês.
Sempre sentado ao seu lado
Sempre ao seu lado
Esse gato tem algo que não consigo explicar
Jennifer Gentle você é uma bruxa
Você está do lado esquerdo
Ele está do lado direito , oh não
Esse gato tem algo que não consigo explicar

Lúcifer vá para o mar
Seja um gato moderno
Seja um gato de navio
Em algum lugar, qualquer lugar
Esse gato tem algo que não consigo explicar

À noite rondando pela areia
Deixando pegadas pelo chão
Ele será achado
Quando você estiver por perto
Esse gato tem algo que não consigo explicar

23 agosto, 2006

Cores Vivas


Foto de Guilherme Limas

Gilberto Gil >> Cores Vivas


Tomar pé
Na maré desse verão
Esperar
Pelo entardecer
Mergulhar
Na profunda sensação
De gozar
Desse bom viver

Bom viver
Graças ao calor do sol
Benfeitor
Dessa região
Natural
Da jangada, do coqueiral
Do pescador
De cor azul
Bela visão
Cartão postal
Sabor do mel, vigor do sal
Cores da pena de pavão
Cenas de uma vibração total

Cores vivas
Eu penso em nós
Pobres mortais
Quantos verões
Verão nossos
Olhares fãs
Fãs desses céus
Tão azuis

22 agosto, 2006

Verdade


Foto de Gisele Freire

Pedro Abrunhosa >> Verdade

Felicidade não tem código de barras,
Nem os sonhos têm preço, nem desejo tem amarras.
Os poetas não se vendem em plástico,
Nem um mundo sem prazer será fantástico.
Os deuses não se fazem de esmola,
Liberdade não se aprende só na escola,

Uma alma sem sexo não existe
Como um louco sem loucura não resiste,
Futuro não é chá de caridade,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade.

Um muro por mais alto não separa
Os que têm fome dos que têm a seara.
A cidade virou hiper-mercado,
Se é da favela, não é gente, é malcriado.
O dono do mundo sentiu-se mal,
Não o deixam destruir a selva tropical.
Vendem-se meninos nas escadas do metrô,
Fome é prisão, humilhação de quem roubou,
O dinheiro transformou-se na vontade,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade.

O crucifixo é da cor do cinescópio,
Heroína, cocaína, odor de ópio.
A vizinha estreou-se na TV,
Matou o marido sem saber porquê.
A dor já se vende em vídeo-cassete,
Beatas masturbam-se por Internet,
Sexo compra-se pelos jornais,
Videntes criam novos pecados mortais,
Quarenta índios morreram hoje ao fim da tarde,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade.

Felicidade não tem código de barras,
Nem os sonhos têm preço, nem desejo tem amarras.
Os poetas não se vendem em plástico,
Nem um mundo sem prazer será fantástico.
Os deuses não se fazem de esmola,
Liberdade não se aprende só na escola,

Uma alma sem sexo não existe
Como um louco sem loucura não resiste,
Futuro não é chá de caridade,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade.

Um muro por mais alto não separa
Os que têm fome dos que têm a seara.
A cidade virou hiper-mercado,
Se é da favela, não é gente, é malcriado.
O dono do mundo sentiu-se mal,
Não o deixam destruir a selva tropical.
Vendem-se meninos nas escadas do metrô,
Fome é prisão, humilhação de quem roubou,
O dinheiro transformou-se na vontade,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade.

O crucifixo é da cor do cinescópio,
Heroína, cocaína, odor de ópio.
A vizinha estreou-se na TV,
Matou o marido sem saber porquê.
A dor já se vende em vídeo-cassete,
Beatas masturbam-se por Internet,
Sexo compra-se pelos jornais,
Videntes criam novos pecados mortais,
Quarenta índios morreram hoje ao fim da tarde,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade.

20 agosto, 2006

Balada Para Uma Velhinha


Foto de Gisele Freire

Carlos do Carmo >> Balada Para Uma Velhinha


Num banco de jardim uma velhinha
está tão só com a sombrinha
que é o seu pano de fundo.
Num banco de jardim uma velhinha
está sozinha, não há coisa
mais triste neste mundo.
E apenas faz ternura, não faz pena,
não faz dó,
pois tem no rosto um resto de frescura.
Já coseu alpergatas e
bandeiras verdadeiras.
Amargou a pobreza até ao fundo.
Dos ossos fez as mesas e as cadeiras,
as maneiras
que a fazem estar sentada sobre o mundo.
Neste jardim ela
à trepadeira das canseiras
das rugas onde o tempo
é mais profundo.
Num banco de jardim uma velhinha
nunca mais estará sozinha,
o futuro está com ela,
e abrindo ao sol o negro da
sombrinha poidinha,
o sol vem namorá-la da janela.
Se essa velhinha fosse
a mãe que eu quero,
a mãe que eu tinha,
não havia no mundo outra mais bela.
Num banco de jardim uma velhinha
faz desenhos nas pedrinhas
que, afinal, são como eu.
Sabe que as dores que tem também são minhas,
são moinhas do filho a desbravar que Deus lhe deu.
E, em volta do seu banco, os
malmequeres e as andorinhas
provam que a minha mãe nunca morreu.

19 agosto, 2006

Essa Fase do Amor


Foto de Gisele Freire

Emílio Santiago >> Essa Fase do Amor


Essa fase do amor
É bonita demais,lua cheia
Se Netuno quiser
Posso me transformar em sereia

Essa fase do amor
É bonita demais,é nascente
Se o sol me queimar
Posso me transformar em poente

Que nem recheio de bombom
E as estrelas de neon,sobre a aldeia
Nas veias um licor de anis
Me leva às ruas de Paris,me incendeia

E eu me sinto assim como um deus grego
Como um barco indo de Veneza pro oceano
Como um corcel de um beduíno
Como a emoção dos violinos dos ciganos

E eu me sinto assim como um zeus negro
Convidado pra sentar na mesa dos arcanos
E cear com toda a realeza
E beber o vinho da nobreza dos humanos.

18 agosto, 2006

Céu Aberto


Foto de Geoffroy Demarquet

Fernanda Brum >> Céu Aberto


Vejo o céu aberto
Querubins descendo
Sobre nós aqui
Como chamas vivas
Sinto o fogo santo
Já ardendo em mim

Não há resistência
O meu coração se dobra
Sobre um lindo altar
E o Todo Poderoso
Se ergue do Seu trono
E vem me tocar

Vejo o céu aberto
O céu está aberto
Sinto o céu aberto
O céu está aberto
Ele vai me encher
Me perdoar
Sim Vai me socorrer
E minha alma lavar
Minha mente, meu ser purificar
Me fazendo vencer, resistir, triunfar.

16 agosto, 2006

Pássaros de Guerra



Capital Inicial >> Pássaros de Guerra


Eu ouvi dizer
Os pássaros estão voltando
Aonde, onde estão
Onde estão que eu não encontro

Olhe em volta e tente escutar
Está por todos os cantos
Olhe em volta

Se ninguém ouvir, tanto faz
Eles cantam para si
Por algo mais

Tento encontrar vida
Nessa cidade armada
Mas quem sobrevive
Quem canta nesse deserto

É inútil procurar
Os pássaros fogem da guerra
E não há garra que segure
Firme no concreto quente

15 agosto, 2006

Fera Mansa


Foto de Duarte Silva

Zezé di Camargo e Luciano >> Fera Mansa

Compositor: Tivas/Nino

Olhar 45, seu olhar é uma bala de prata
Andar de puro-sangue
Linhagem real da paixão
Me prende em sua mão
Faz um carinho, essa princesa me mata!
É um touro selvagem
Na arena do meu coração
Seu corpo de viola caipira
Que vontade de tocar quando vejo
Ligada na turbina
Peão, essa menina
Parece um avião sertanejo

Sorriso lindo, boca vermelha
Muito gata numa jeans bem colada
Por ela eu pago a prenda
E dou minha fazenda
Com tudo, de porteira fechada


Ela é fera, muito fera
Fera indomável que no amor não se cansa
Mas quando eu jogo meu laço
E prendo no meu abraço
Essa garota vira fera mansa

12 agosto, 2006

Golfinhos


Foto de Duarte Silva

Deborah Blando >> Águias


Eu não consigo mais ter que esconder
O quanto dói se toda vez
Temos que separar
Secaram todas as lágrimas
Você tirou de mim o que eu senti
Nunca ninguém me amou do jeito que você me quis
Ainda é novo para mim

Às vezes fico sonhando
Num futuro distante
Estaremos nós
E me dá um nó
Porque sei que o presente
É incerto e ausente
E a realidade dói

Você mudou meu jeito de sentir
Tua coragem me fez ver
Da forma que eu nunca vi
Iluminou tantas sombras em mim
Nunca negou meu jeito de existir
Pegou no colo a criança abandonada
Que não podia dormir

Será que temos a chance
De viver nossos sonhos
Quando amanhecer
Será que a gente vê
O Destino filmando
A nossa memória
E nos deixar viver

Somos duas águias no céu a voar
A voar
Que procuram na compaixão do vento
Um galho para pousar
De encontro ao mar
Pra navegar
Como dois golfinhos
Seguem rindo da ironia

Nós conseguimos o raro
Duas almas que unem
Sem deixar de ser
Sem deixar de ver
Que nada é eterno
Mesmo invencível
O amor há de vencer

Seguindo o infinito pra voar, pra voar
Procurando na compaixão do vento
Um campo pra pousar
Pra mergulhar e voltar
Às águas mais profundas
Onde não há o tempo
Pra separar.

09 agosto, 2006

Alma


Foto de Diogo Ramos Moreira

Zélia Duncan >> Alma


Alma, deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma, superfície
Alma, deixa eu tocar sua alma
Com a surfície da palma da minha mão, superfície
Easy, fique bem easy, fique sem nem razão
Da superfície livre
Fique sim, livre
Fique bem com razão ou não, aterrize
Alma, isso do medo se acalma
isso de sede se aplaca
Todo pesar não existe
alma, como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na superfície, crise
Já acabou, livre
Já passou o meu temor do seu medo
Sem motivo riso, de manhã, riso de neném
A água já molhou a superfície
Alma, daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma sobrevive
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula, alma
Flutua na superfície lisa, que me alisa, seu suor
O sal que sai do sol, da superfície
Simples, devagar, simples, bem de leve
A alma já pousou na superfície

07 agosto, 2006

Coisa Mais Linda


Foto de David Guimarães

Vinicius de Moraes >> Coisa Mais Linda


Coisa mais bonita é você
Assim, justinho você
Eu juro
Eu não Sei por que
Você
Você é mais bonita que a flor
Quem dera
A primavera da flor
Tivesse todo esse aroma de beleza
Que é o amor
Perfumando a natureza
Numa forma de mulher
Por que tão linda assim não existe
A flor
Nem mesmo a cor não existe
E o amor
Nem mesmo o amor existe
E eu fico um pouco triste
Um pouco sem saber
Se é tão lindo o amor
Que eu tenho por você

06 agosto, 2006

Chuva Dissolvente


Foto de Claudia Barbosa

Xutos e Pontapés >> Chuva Dissolvente

Entre a chuva dissolvente
no meu caminho de casa
dou comigo na corrente
desta gente que se arrasta.
Metro, túnel, confusão,
quente suor vespertino
mergulho na multidão,
no dia-a-dia sem destino.

Putos que crescem sem se ver
basta pô-los em frente à televisão
hão-de um dia se esquecer
rasgar retratos, largar-me a mão.
Hão-de um dia se esquecer,
como eu quando cresci.
Será que ainda te lembras
do que fizeram por ti?

E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei, já me esqueci...

Quando te livrares do peso
desse amor que não entendes,
vais sentir uma outra força
como que uma falta imensa.
E quando deres por ti
entre a chuva dissolvente,
és o pai de uma criança
no seu caminho de casa.

E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei...
Já me lembrei, já me esqueci...

03 agosto, 2006

Nua


Foto de Carlos Manuel Pereira

Ana Carolina >> Nua


Olho a cidade ao redor
E nada me interessa
Eu finjo ter calma
A solidão me apressa

Tantos caminhos sem fim
De onde você não vem
Meu coração na curva
Batendo a mais de cem

Eu vou sair nessas horas de confusão
Gritando seu nome entre os carros que vêm e vão
Quem sabe então assim
Você repara em mim

Corro de te esperar
De nunca te esquecer
As estrelas me encontram
Antes de anoitecer

Olho a cidade ao redor
Eu nunca volto atrás
Já não escondo a pressa
Já me escondi demais

Eu vou contar pra todo mundo
Eu vou pichar sua rua
Vou bater na sua porta de noite
Completamente nua
Quem sabe então assim
Você repara em mim

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