Sombras na areia

Fotografias fascinantes que vão fazer pensar e letras de músicas eternas na nossa memória.

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Localização: Coimbra, Portugal

27 fevereiro, 2007

Liberdade


Foto de Maria Paula

Djavan >> Liberdade

Um amor
ou um gen
da mesma cor
cintila
em mim
o chão a tremer
conduz
a luz
meu amor
e quer me matar
de amor
que seja
assim
por obedecer
viver
por mim

E voar
onde o longe é pouco
cruzar os muros
do alƒm
e assim
pousar na terra
e amar
muito mais que poucos
pousar a vida
em duas mãos
e assim
cruzar a terra

Liberdade
vai na poesia
traz meu destino
que eu vou
sair

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26 fevereiro, 2007

Música De Trabalho


Foto de Luis Zilhão

Legião Urbana - Música De Trabalho


Sem trabalho eu não nada
Não tenho dignidade
Não sinto o meu valor
Não tenho identidade
Mas o que eu tenho é só um emprego
E um salário miserável
Eu tenho o meu ofício
Que me cansa de verdade
Tem gente que não têm nada
E outros que têm mais do que precisam
Tem gente que não quer saber de trabalhar
Mas quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa, pros teus braços
Quem sabe esquecer um pouco
Todo o meu cansaço
Nossa vida não é boa
E nem podemos reclamar
Sei que existe injustiça
Eu sei o que acontece
tenho medo da polícia
Eu sei o que acontece
Se você você não segue as ordens
Se você não obedece
E não suporta o sofrimento
Está destinado à miséria
Mas isso eu não aceito
Eu sei o que acontece
E quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa, pros teus braços
Quem sabe esquecer um pouco
Do pouco que não temos
Quem sabe esquecer um pouco
De tudo que não sabemos

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25 fevereiro, 2007

Flagra


Foto de Luis Costa

Rita Lee - Flagra

No escurinho do cinema
Chupando drops de aniz
Longe de qualquer problema
Perto de um final feliz

Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck
Não vou bancar o santinho
Minha garota é Mae West
Eu sou o Sheik Valentino

Mas de repente o filme pifou
E a turma toda logo vaiou
Acenderam as luzes, cruzes!
Que flagra! (3x)

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24 fevereiro, 2007

Faith


Foto de Lara Pires

The Cure - Faith


Catch me if I fall
I'm losing hold
I can't just carry on this way
And every time
I turn away
Lose another blind game
The idea of perfection holds me...
Suddenly I see you change
Everything at once
The same
But the mountain never moves...

Rape me like a child
Christened in blood
Painted like an unknown saint
There's nothing left but hope...
Your voice is dead
And old
And always empty
Trust in me through closing years
Perfect moments wait...
If only we could stay
Please
Say the right words
Or cry like the stone white clown
And stand
Lost forever in a happy crowd...

No-one lifts their hands
No-one lifts their eyes
Justified with empty words
The party just gets better and better...

I went away alone
With nothing left
But faith

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20 fevereiro, 2007

Beijo Partido


Foto de Júlio César Ferreira

Milton Nascimento - Beijo Partido

Sabe, eu não faço fé nessa minha loucura
E digo
Eu não gosto de quem me arruina em pedaços
E Deus é quem sabe de ti
E eu não mereço um beijo partido
Hoje não passa de um dia perdido no tempo
E fico longe de tudo o que sei
Não se fala mais nisso, eu sei
Eu serei pra você o que não me importa saber
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito
E grito
Olha o beijo partido
Onde estará a rainha que a lucidez escondeu?
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito...

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19 fevereiro, 2007

A Felicidade


Foto de José Silva Pinto

Tom Jobim >> A Felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade, sim...

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval,
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento do sonho
Pra fazer a fantasia de rei, ou pirata,
ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira

A felicidade é como gota de orvalho
Numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A minha felicidade está brilhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo por favor
Pra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos do amor
Tristeza nao tem fim...

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15 fevereiro, 2007

Nine Million Bicycles


Foto de José Silva Pinto

Katie Melua >> Nine Million Bicycles

There are nine million bicycles in Beijing
That's a fact
It's a thing we can't deny
Like the fact that I will love you till I die

We are twelve billion light years from the edge
That's a guess
No-one can ever say it's true
But I know that I will always be with you

I'm warmed by the fire of your love everyday
So don't call me a liar
Just believe everything that I say

There are six billion people in the world
More or less
And it makes me feel quite small
But you're the one I love the most of all

We're high on the wire
With the world in our sight
And I'll never tire
Of the love that you give me every night

There are nine million bicycles in Beijing
That's a fact
It's a thing we can't deny
Like the fact that I will love you till I die

And there are nine million bicycles in Beijing
And you know that I will love you till I die.

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13 fevereiro, 2007

Adeus Que Me Vou Embora


Foto de José Elias

Humanos - Adeus Que Me Vou Embora

Adeus que me vou embora
Adeus que me vou embora

Adeus que me embora vou
Adeus que me embora vou

Vou daqui para a minha terra
Vou daqui para a minha terra

que eu desta terra não sou
que eu desta terra não sou

Tenho minha mãe à espera
Tenho minha mãe à espera

Cansada de me esperar
Cansada de me esperar

Naquela encosta da serra
Naquela encosta da serra

Vamos ser dois a chorar
Vamos ser dois a chorar

À espera tenho o meu pai
À espera tenho o meu pai

aos anos que não vejo
aos anos que não vejo

O tempo que vai durar
O tempo que vai durar

O meu abraço, o meu beijo
O meu abraço, o meu beijo

Vim solteiro e vou solteiro
Vim solteiro e vou solteiro

vou livre de corações
vou livre de corações

Se alguém me quiser prender
Se alguém me quiser prender

ja não vou dizer que não
ja não vou dizer que não

Adeus que me vou embora
Adeus que me vou embora

Adeus que me embora vou
Adeus que me embora vou

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12 fevereiro, 2007

Permanecer Criança


Foto de João Sargo

Aline Barros >> Permanecer Criança

Eu quero crescer
Mas permanecer criança
No jeito de ser
Sincero e puro de coração
Eu quero crescer
Na graça e poder de Jesus

Eu quero andar
Com Deus e honrar meus pais
Eu quero ouvir e obedecer sem reclamar
Pois sei que os meus pais são como canais
Pra Deus me ensinar

Eu quero servir no Reino de Deus pra valer
Ser como Davi, ser como Jesus
Sair luz e resplandecer na escuridão
Fazer a vontade de Deus
Nessa geração.

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10 fevereiro, 2007

Surfer Girl


Foto de João Santiago

Beach Boys >> Surfer Girl

Little surfer, little one
Made my heart come all undone.
Do you love me?
Do you surfer girl?
My little surfer girl.

I have watched you on the shore
Standing by the ocean's roar.
Do you love me?
Do you surfer girl?

We could ride the surf together
While our love would grow.
In my woody, I would take you
Everywhere I go.

So I say from me to you
I will make your dreams come true.
Do you love me?
Do you surfer girl?
My little surfer girl.
Little one.
Little one.

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07 fevereiro, 2007

Alexandre


Foto de João Santiago

Caetano Veloso >> Alexandre

Ele nasceu no mês do leão, sua mãe uma bacante
E o rei, seu pai, um conquistador tão valente
Que o príncipe adolescente pensou que já nada restaria
Pra, se ele chegasse a rei, conquistar por si só.
Mas muito cedo ele se revelou um menino extraordinário:
O corpo de bronze, os olhos cor de chuva e os cabelos cor de sol.

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu

Ele escolheu seu cavalo por parecer indomável
E pôs-lhe o nome: Bucéfalo
Ao dominá-lo , para júbilo, espanto e escândalo
De seu próprio pai, que contratou para seu preceptor
Um sábio de Estagira
Cuja cabeça ainda hoje sustenta o Ocidente:
O nome, Aristóteles – nome Aristóteles se repetiria
Desde esses tempos até nossos tempos e além.
Ele ensinou o jovem Alexandre a sentir filosofia
Pra que, mais que forte e valente, chegasse ele a ser sábio também.

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu

Ainda criança ele surpreendeu importantes visitantes
Vindos como embaixadores do Império da Pérsia
Pois os recebeu, na ausência de Filipe, com gestos elegantes
De que o rei, seu próprio pai, não seria capaz.
Em breve estaria ao lado de Filipe no campo de batalha
E assinalaria seu nome na história entre os grandes generais.

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu

Com Hefestião, seu amado
Seu bem na paz e na guerra
Correu em honra de Pátroclo – os dois corpos nus –
Junto ao túmulo de Aquiles
O herói enamorado, o amor

Na grande batalha de Queronéia, Alexandre destruía
A Esquadra Sagrada de Tebas, chamada A Invencível.
Aos dezesseis anos, só dezesseis anos, assim já exibia
Toda a amplidão da luz do seu gênio militar.
Olímpia incitava o menino do sol a afirmar-se
Se Filipe deixava a família da mãe
De outro filho dos seus se insinuar.

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu

Feito rei aos vinte anos
Transformou a Macedônia,
Que era um reino periférico, dito bárbaro,
Em esteio do helenismo e dos gregos, seu futuro, seu sol.

O grande Alexandre, o Grande, Alexandre
Conquistou o Egito e a Pérsia
Fundou cidades, cortou o nó górdio, foi grande;
Se embriagou de poder, alto e fundo, fundando o nosso mundo,
Foi generoso e malvado, magnânimo e cruel;
Casou com uma persa, misturando raças, mudou-nos terra céu e mar,
Morreu muito moço, mas antes impôs-se do Punjab a Gibraltar.

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu

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06 fevereiro, 2007

Mais Perto do Céu


Foto de João Santiago

Pedro Abrunhosa - Mais Perto do Céu

Enquanto eu te escrevo,
Saravejo morre lenta
uma morte amordacada
no silencio dos tiros
e na paz da granada.
A noite acoita o metralhar
sera homem ou fera
este triste uivar?
Posso ver as avenidas,
coloridas, presentes,
hoje sombras despidas
do passado distante.
A vez do vizinho
que hoje foi a enterrar,
sozinho, claro, que morrer é ficar.
Os amantes ali estao
abracados no asfalto
onde as balas la do alto
os apanharam à traicao,
no coracao, que é o sitio ideal
para quem mata a paixao,
que amar é fatal.

+ perto do céu
anjo d'alma azul
+ perto do céu
+ longe que o sul.

Calor, ja nao ha,
só se for o da mortalha
que é o lencol que me agasalha
e a cama onde me deito
e me enrolo sobre o peito,
recordando o céu azul,
e quer a norte quer a sul
a liberdade de fugir.
Ficar a resistir,
morrer, nem pensar,
que a coragem de aqui estar,
como ontem em Guernica,
é a vontade de quem fica.
Vazia a dispensa
é pior a indiferenca.
Auschwitz ou Buchenwald
que afinal foram debalde,
porque as câmaras de gas
nao ficaram para tras
estao aqui à minha frente.
Eu só quero estar presente
de novo em Nurembrega,
porque um povo nao se verga.

Refrao

Por isso aqui estou
com arma sem municao,
carne para canhao
para contar toda a verdade...
... e liberdade.
E no futuro, nem sequer se vao lembrar
que tudo dói, mesmo Tolstoi
lido à luz da curta vela.
Saravejo donzela
tantas vezes violada,
sempre só, abandonada.
Tudo o que tenho
é o empenho de quem sonha.
O silencio é vergonha,
arma mortal, punhal
que mata e maltrata
escondido, sem ruido,
tantas vezes repetido,
e penetra no meu corpo,
que deixa morto
pelas costas...
sem resposta.
Agora é de vez.
Faz frio no inferno deste Inverno.
Cada bomba é uma sombra de indiferenca.

Crenca que tem que mudar.
Ha que gritar e mostrar
ao mundo os mortos
que o mundo ignora
e demora a perceber.
Uso a caneta
que é a minha baioneta,
pais eterno
que deixo no caderno
tenho medo que me esquecas
e me pecas para calar a voz,
mas nao o facas,
porque ontem foram ao outros
e hoje nós.

Refrao (2X)

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04 fevereiro, 2007

Tempo


Foto de João Pejapes

Pedro Abrunhosa - Tempo

Batem relógios no raiar dos dias,
Por cada batida novas fantasias.
Loucas palavras, luzes cor de mel,
Ventos que trazem nuvens de papel.

Diz-me o que hei-de eu fazer,
Sinto no tempo o meu tempo a morrer.
Quanto + longe + perto de ti.

Vozes ao longe chamam por min,
Cantigas, magia, passos de arlequim.
Estrelas cadentes na palma da mão,
Milagres, duendes, rasgos de paixão.

Refrão

Ouço os segredos do fundo do mar,
Barcos perdidos, sereias a cantar.
Trago o teu nome escrito no peito,
Volta para mim, faz teu o meu leito.

Refrão

+ perto de ti
+ perto de ti
+ perto de ti....

03 fevereiro, 2007

You put something better inside of me


Foto de João Pejapes

Stealers Wheel >> You put something better inside of me

You put something better inside of me,
You put something better inside of me.

I could look out the window or stare at the wall,
But really it didn't matter, no, I just didn't care at all.
Could be sitting by the water, counting every stone,
'Cause nothing means nothing when you're empty and on your own.

But you put something better inside of me,
You put something better inside of me.
Makes me so much stronger,
I'm amazed at the change in me.

Well, I knew what I was doing, I was running away,
Busy going nowhere, just wasting the time of day.
Walking down the road, kicking up the stones,
Nothing means nothing when you're empty and on your own.

But you put something better inside of me,
You put something better inside of me.
Makes me so much stronger,
I'm amazed at the change in me.

01 fevereiro, 2007

A Dança


Foto de Jet

Polo Norte >> A Dança


Chegaste em passos apertados
Os olhos embargados cheios de medos teus
Pediste que te levasse a mágoa
E te tocasse a alma
Olhando para os meus.
Apertei-te contra o peito, num abraço perfeito...

A rua como companhia
Às vezes escura e fria... Dura realidade.
Ninguém olha para ti com olhos de gente
Até mesmo indiferente, a quem és de verdade.
Esquece o teu mundo lá fora, é hora de ir dançar...

Esta noite dança só para mim
Que esta dança nunca tenha fim
São asas que me dás
Levam alto, para longe...

Esquece o teu mundo lá fora, é hora de ir dançar...

E esta noite dança só para mim
Que esta dança nunca tenha fim
São asas que me dás
Levam alto...
E esta noite dança só para mim
Que esta dança nunca tenha fim
São asas que me dás
Levam alto, para longe... até de mim...
Até de mim...

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